Novas Terapias – Feng Shui
Feng shui é uma ciência milenar chinesa que consiste na “arrumação” dos ambientes de forma a que estes proporcionem um maior bem estar e harmonia, resultantes da correta distribuição das energias. O termo Feng Shui significa, traduzido literalmente, vento e água. Mas significa muito mais que isso. Os chineses dizem que esta arte é como o vento, que não se pode entender, e como a água, que não se pode agarrar. É um sistema muito antigo e desenvolvido, existe há pelo menos 5.000 anos e daí o elevado grau de eficácia e complexidade que apresenta nos nossos dias. A palavra ciência, aqui, não tem e nem pretende ter a conotação da ciência moderna. Quando dizemos que o Feng Shui é uma ciência, referimo-nos a um sistema cujos princípios e regras foram baseados em observações e dados estatísticos ao longo de mais de 5 mil anos. Mesmo assim há ainda quem diga não passar de mera superstição. Apesar da sua longa história, só durante o último século o Feng Shui chegou, muito timidamente, ao mundo ocidental. Como é cada vez maior o número de empresários ocidentais a lidar com clientes chineses, passou a haver uma maior preocupação com a importância do Feng Shui. É que as coisas chegam mesmo a este ponto: se o cliente é adepto deste sistema e as instalações da empresa não estão de acordo com os seus princípios…não há negócio! No Oriente, a questão toma proporções ainda maiores, já que todos os edifícios – sejam eles de escritórios ou de habitação – têm de ser projetados e construídos de acordo com todas as regras do Feng Shui, ou o mais provável é que não apareça ninguém interessado em ocupar o espaço. Os diagnósticos e resoluções do Feng Shui são capazes de resolver quase todos os problemas que envolvem uma casa e as pessoas que moram nela. Têm vindo a evoluir de forma a estarem adaptados ao moderno estilo de vida, levando-nos a compreender uma sabedoria muito profunda que nos ensina a “viver em harmonia com a natureza”. As teorias do Feng Shui baseiam-se no pensamento máximo chinês – o I Ching – juntamente com as leis do Yin/Yang e os cinco elementos – vitais em toda a cultura chinesa. Portanto, para se poder estudar em profundidade o Feng Shui, é necessário um estudo aprofundado dos 64 hexagramas que compõem o I Ching, assim como as leis do Yin/Yang – os opostos complementares (positivo/negativo, masculino/feminino), assim como dos cinco elementos e a forma como se relacionam. Todo esse estudo visa a compreensão do modo oriental de ver o mundo, o universo e os eternos ciclos de mudança. Naturalmente que o Feng Shui não representa a cura para todos os problemas da humanidade. Ele deve ser entendido como um dos vários sistemas da filosofia chinesa, todos eles interligados. O Feng Shui não traz sucesso da noite para o dia, nem é uma mágica milagrosa. O que acontece é que, se os seus princípios forem adaptados e postos em prática, poderão contribuir de forma muito positiva para as nossas vidas. O Feng Shui na prática
Para que uma casa esteja verdadeiramente de acordo com os princípios do Feng Shui não basta mudar a posição de alguns móveis de acordo com as regras dos pequenos manuais do tipo “Feng Shui – faça você mesmo”. Se bem que essas pequenas alterações podem realmente contribuir para melhorar o ambiente e a distribuição das energias numa casa, para que todos os princípios sejam realmente aplicados é necessária uma avaliação feita por um consultor de Feng Shui. Este consultor serve-se de vários instrumentos para a sua avaliação, entre os quais o Loopan, uma espécie de bússola muito complexa criada pelos mestres do Feng Shui. Com base na data, hora e local de nascimento dos moradores da casa, o consultor elabora um chamado “horóscopo de oito pontas”, que vai revelar o nível de compatibilidade entre as pessoas e a casa. Finalmente, terá de conhecer o mais pormenorizadamente possível a história dos anteriores ocupantes da casa, no que diz respeito ao bem estar, saúde e prosperidade. Na posse destas informações, é então elaborado um relatório que revela o chamado Lung Mei (veias do dragão) – que são os principais fluxos de energia ch’i dentro da casa e em torno dela, a predominância de Yin ou Yang e as alterações necessárias para melhorar todos estes aspectos, tornando o ambiente mais propício ao bem estar e à prosperidade. As referidas mudanças refletem-se essencialmente ao nível da decoração da casa. Os espelhos estão entre os objetos, mas utilizados pelo Feng Shui. Colocados nos locais certos, servem para refletir e redirecionar os fluxos de energia. A disposição dos móveis em cada divisão da casa, as cores utilizadas na pintura ou no papel de parede, a colocação estratégica de plantas e outros objetos decorativos são algumas outras técnicas utilizadas. A verdade é que, uma vez introduzidas as alterações indicadas pelo Feng Shui, não só a casa fica mais agradável, com um ambiente mais harmonioso, como também revela sempre um extraordinário bom gosto decorativo.